sábado, 17 de março de 2012

Não tenha medo... (Ou tente não ter)

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Quando você é internado em um hospital, eles colocam em seu pulso uma pulseira branca com seu nome nela. Mas há outras cores de pulseiras que significam outras coisas. As pulseiras vermelhas são colocadas em pessoas mortas.
Havia um cirurgião que trabalhava no turno da noite em um hospital de universidade. Ele havia terminado uma operação e estava descendo para o porão. Ele entrou no elevador e dentro deste havia outra pessoa. Ele conversou normalmente com a mulher enquanto o elevador descia. Quando a porta do elevador abriu, outra mulher fez menção de entrar, mas o médico imediatamente apertou o botão de fechar a porta e apertou o botão do último andar do prédio. Surpresa, a mulher reprimiu o médico por ter sido rude e perguntou por que ele não deixara a outra mulher entrar.
O médico disse:
- Essa era a mulher que eu acabei de operar. Ela morreu na mesa de cirurgia. Você não viu a pulseira vermelha que ela usava?
A mulher sorriu, e, erguendo seu braço, disse em seguida:
- Uma pulseira vermelha como esta?

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

“Caso Werther” literatura de J. W. Goethe

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“Abram a janela, para que entre mais luz”
Com apenas 25 anos, Goethe ficou conhecido por toda a Europa, nos meio cultos do Novo Mundo e até no Ocidente. Estava criado o “caso Werther”. Mas, apesar da fama, restava a Goethe apenas amargas lembranças da sua maior obra, condenada até mesmo pela Igreja, que o colocara no “Índice de Livros Proibidos”.
   “Os Sofrimentos do Jovem Werther”, um dos mais polêmicos livros já publicados, foi concebido em 1774. Como inspirações, a real história de um colega da Universidade de Leipzig que se matou para escapar de uma paixão não correspondida; e Charlotte Buff, a musa inspiradora que Goethe conhecera dois anos antes da publicação do livro.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Valor da Arte!

Atualmente temos ouvido muito sobre roubo de Arte na internet. Pessoas como Chad Love Liebermann do site Art4Love (se você não conhece essa história, por favor leia o artigo, em inglês, aqui - www.plagiarismtoday.com/2011/08/22/the-art4love-chad-love-lieberman-plagiarism-scandal/) e muitos outros estão sendo apontados como ladrões de arte, mas esses são apenas os “peixes grandes”. Pessoas comuns também são culpadas. Eu mesma fui uma vítima disso.

"A internet é a grande culpada", todo mundo diz. Mas para os artistas, é bastante difícil proteger seu trabalho e ao mesmo tempo mostrá-lo ao mundo. Hoje em dia, a internet é o melhor meio que temos para nos fazermos conhecidos e vendermos nosso trabalho. A melhor maneira de proteção é usar as horríveis marcas d’água e carregar nos sites imagens de baixa resolução. Mesmo assim, a proteção não é total. E por quê?

Eu acredito que todo o problema seja sobre compreensão e, é claro, educação. As pessoas normalmente não entendem o valor de uma obra de arte, nem o esforço que o artista despende para produzi-la e nem todo o processo de criação.

Mesmo para o próprio artista, colocar um preço em uma obra pode ser bastante difícil. Mas o que é necessário entender primeiramente é que um artista vive da sua arte. E quando digo isso, quero dizer que o artista vende usa arte para pagar o aluguel e todas as coisas de que as “pessoas normais” precisam, mesmo que a maioria delas ache que um artista não precisa dessas coisas. Ser artista é viver o sonho, é trabalhar por amor, SIM, isso é verdade. MAS também somos seres humanos que precisam comer e viver em algum lugar.

Então, quando alguém chega para um artista e pede por uma peça gratuita e o artista diz “não”, quando ele não está fazendo troca de arte nem fazendo isso por pontos ou “lhamas” (tipos de “moedas de troca” na comunidade DeviantArt), ele está meramente tentando dizer que precisa de dinheiro de verdade, pois esse é o seu trabalho! Por isso, se algum dia você pensar em dizer para um artista “nossa, como isso está caro!”, por favor, não o faça, ou diga apenas “me desculpe, mas não posso arcar com esse custo no momento”, porque VOCÊ não pode colocar valor no trabalho de OUTRA PESSOA.

Arte não é como uma vassoura, objeto bastante útil e que as pessoas sabem mais ou menos quanto custa, porque é praticamente igual a todas as outras. No prefácio de “O retrato de Dorian Gray”, Oscar Wilde escreveu: “Podemos perdoar um homem por produzir uma coisa útil desde que ele não a admire. A única desculpa para fazer algo inútil é que alguém a admire intensamente. Toda arte é bastante inútil”. E é por isso que é bastante difícil encontrar o valor da Arte.

Alguns jovens artistas também são culpados por fazer as pessoas subestimarem o valor da arte: eles ficam confusos sobre quanto cobrar de seus novos clientes e também têm medo de que achem seu trabalho muito caro. Por isso não vendem nada. O que eles não entendem é que, fazendo isso, eles diminuem o valor do próprio trabalho e do trabalho de seus colegas artistas. Quando as pessoas encontram arte barata, começam a se perguntar por que outros artistas cobram mais por trabalhos similares. E não estou falando de obras de arte encontradas em museus ou galerias: o valor delas é um assunto completamente diferente e envolve várias outras questões.

Estou falando de simples peças comissionadas, designs de tatuagens, fan-arts e ilustrações para diversos propósitos. Cada caso é único e terá um diferente preço. Um jovem artista não pode cobrar tanto quanto um profissional por seus trabalhos, e as pessoas devem entender que a qualidade dos trabalhos será diferente também. Então, quando cobro 80 dólares por um desenho simples para uma tatuagem e as pessoas acham muito, elas acham que estão certas em clicar com o botão direito do mouse e escolher “copiar imagem”. É a mesma coisa quando você baixa uma música sem pagar por ela. É errado! Não é apenas um arquivo na internet. Alguém colocou muito esforço nela, estudou muitos anos, comprou boas ferramentas e equipamentos para produzi-la e usou algo que não é todo mundo que consegue usar: criatividade.

Ninguém pensa nisso antes de roubar uma obra de arte. Casos como o de Chad Liebermann são apenas uma hipérbole do que acontece todos os dias na internet. Artistas têm o dever de fazer as pessoas entenderem o valor de uma peça artística, não deixando que as pessoas usem sua arte sem pagar por ela e cobrando preços justos por seu trabalho.

“Nós temos a arte para não morrer da verdade”, (Friedrich Nietzsche).
Da próxima vez que se sentir tentado a usar o botão esquerdo do mouse, pense nisso.

texto escrito pela professora Gisela Pizzatto.
o texto original, em inglês:

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

...fragmentos do além... from DARK TOWER - Fim do Mundo



A aflição para aqueles que atravessam além das malditas Regiões Fronteiriças no Fim do Mundo. Este é um reino torcido e desolado onde a vida parece ter se passado anos atrás. Das paisagens arruinadas de Thunderclap às alturas congeladas de Empathica, o Fim do Mundo não mostra nenhuma clemência a jovens pistoleiros imprudentes. Em um mundo onde a informação e um bocado da sorte é a chave à sobrevivência, o Almanaque do Fim do Mundo serve como seu guia para Badlands, Le Casse Roi Russe e além!
(continua...)

O Futuro (e o fim?) do Livro - Revista Superinteressante

superinteressantepdltop [Papo Cabeça] O Futuro (e o fim?) do Livro


Ele tomou um banho de tecnologia e ganhou superpoderes. Ficou ágil, coletivo e revolucionário. Sua velha versão ainda resiste – mas por quanto tempo?

Todos os meses cerca de 20 pessoas comparecem a um encontro marcado em um prédio na região de Pinheiros, em São Pauio. É um grupo heterogêneo. Ali tem advogado, empresário, executivo, consultor. Eles se reúnem porque possuem algo em comum – sabem que o futuro de todos ali está ameaçado. Pra que você entenda o que está acontecendo, vamos às explicações. O prédio de Pinheiros é a sede da Câmara Brasileira do Livro. O pessoal que se reúne lá é formado, na maioria, por representantes de editoras e distribuidoras de livros. E o que os preocupa é um concorrente que vem desafiando o reinado do livro impresso, mantido há 6 séculos, desde a Bíblia de Gutenberg: o livro digital. “A tecnologia está avançando rapidamente. E nós, produtores de livros, ainda estamos presos ao papel”. diz Henrique Farinha, coordenador do grupo e diretor da Editora Gente.
O comandante desse ataque à literatura de papel tem um nome: Kindle. É o leitor eletrônico de livros lançado pela loja virtual americana Amazon. uma tela digital capaz de reproduzir as páginas de qualquer livro, ainda que com algumas limitações. Tem enormes vantagens na disputa com o papel. Digamos que você está lendo esta SUPER enquanto descansa numa paradisíaca praia do Nordeste. Você se interessou pela entrevista com Dan Ariely, na página 34, e resolveu comprar o livro Previsivelmente Irracional de autoria dele. Basta tirar o Kindle da mochila, navegar com ele pelo site da Amazon e fazer a compra na hora. Em coisa de um minuto, você terá o livro inteiro disponível no aparelho. Não é feitiçaria. é tecnologia – uma função wireless parecida com a de alguns celulares. O pagamento seria feito com o cartão de crédito. O preço: USS 9.99. uns RS 19 reais. Bem mais barato que o livro impresso. que custaria o equivalente a RS 31 na mesma loja. Sem contar que daria para ler ali, com o pé pra cima, qualquer outro livro que você já tivesse comprado pelo Kindle. O bichinho armazena mais de 1 500 obras. É o mesmo que carregar por aí uma biblioteca formada durante toda a vida.
A praticidade é a sacada revolucionária que fez do Kindle um hit entre os americanos, por enquanto os únicos a aproveitar suas funcionalidades (a rede wireless usada para venda dos livros ainda não funciona em outros países). Segundo a Amazon. um livro que tenha uma versão digital para o Kindle vende 35% mais cópias. De cada 4 exemplares vendidos de uma obra. um já é digital. Tem até gente pedindo autógrafo pra escritor no e-reader. (Aconteceu de verdade em Nova York, com o humorista David Sedaris. no lançamento de seu livro Engolido pelas Labaredas, no ano passado.) E olha que o Kindle ainda vive a sua infância. A tela já mostra texto e imagens, mas em branco e preto. Cores? Só daqui a alguns anos, segundo JeffBezos, o presidente da Amazon.
Conclusão 1: para os nossos amigos lá na Câmara Brasileira do Livro: o livro digital já pegou. Conclusão 2: se ficar ainda melhor, vai nocautear o livro impresso. Para piorar, uma legião de soldados vem na retaguarda do Kindle. tão ansiosa para vencer a batalha quanto seu líder. Os outros e-readers no mercado estão se sofisticando. Caso do Reader Digital Book. da Sony. Lançado em 2006, ele acabou de ganhar uma turbinada. Em março, a Sony dispo¬nibilizou para os donos de seu e-reader mais de 1 milhão de livros clássicos – de graça. Comor Uma parceria com o Google, que vem digitalizando obras por meio de acordos com editoras. Aliás, são textos que estão dispo níveis para a leitura também na internet. Basta entrar no Google Books – há outros 6 milhões de livros lá.
Sem contar que dá para ler um livro até pelo celular. Por enquanto, a coisa funciona graças ao Kindle – você baixa um aplicativo da Amazon pelo iPhone e manda ver na leitura. Mas já tem gente apostando que a Apple vem aí com uma idéia jobsiana para transformar o iPhone em um e-reader sofisticado. No Brasil, nada disso vale ainda. O primeiro a chegar deve ser criação tupiniquim mesmo: o Braview, previsto para outubro

superinteressantepdlmei [Papo Cabeça] O Futuro (e o fim?) do Livro



E eu com isso?
Beleza, o livro digital é mais prático e barato do que o impresso. E daír Daí que a transição vai mexer diretamente com a sua vida. Veja este caso: na cidade inglesa de Hacknev, a escola City Academy vai adotar e-books em formato PDF para ensinar seus alunos, uma criançada de 11 a 16 anos. Nada mais de livros convencionais. Para viabilizar a digitalização, a escola está trabalhando com editoras de livros que compõem o currículo escolar. Chega de ver criancinhas com mochilas de 3, 4, 5 quilos nas costas. No caso do Kindle, tudo caberia em menos de 300 gramas. O mesmo que você teria de carregar se saísse de férias e levasse 5 livros pra ler na viagem.
A dor na coluna vai diminuir. Mas a dor no bolso pode aumentar. É verdade, os e-books custam menos do que o livro impresso. O problema é que um modelo como o Kindle permite que você tenha um livro no momento em que quiser – nem sobra tempo para pensar duas vezes. É a oportunidade perfeita para as compras por impulso. E quem é mão de vaca não vai ter moleza pra pegar livro dos outros. Hoje, não dá para emprestar as obras digitais para os parentes ou amigos. A exceção é o Cool-er. da fabricante britânica ínteread. que deixa você repassar um arquivo para até 4 pessoas.
O livro digital também pode transformar a leitura em um ato coletivo. Não. não é que você vai reunir a galera pra contar historinha. É só a influência da web 2.0. Sabe aquelas anotações que a gente faz no canto da página? Com o livro em bibliotecas como a do Google, vai dar para ler seu conteúdo e deixar anotações para o próximo leitor. Teríamos acesso aos pensamentos e referências que outra pessoa, que nem conhecemos, deixou ali.
Bacana, não é? Mas as mudanças podem não ser tão positivas para o pessoal da indústria do livro, como aquele grupo do começo da reportagem. Pense aqui com a gente: se não vamos precisar de papel, tinta e distribuição pra fazer e vender livros…pra que servirão as editoras e distribuidoras? Aí é que o bicho pega. Autores best sellers não precisam de tanta orientação ou promoção pra vender livros. Poderiam cortar os intermediários e negociar direto com as lojas. Isso aumentaria a participação nos lucros. O movimento já começou: a Interead, aquela do Cool-er, ofereceu 50% do dinheiro das vendas para os escritores que coloquem seus livros à venda no site do e-reader, o Coolerbooks.com. Uma editora tradicional costuma pagar até 10%. Mas e os autores menos famosos? Eles ainda precisam das editoras. E a morte delas pode ser a morte de grande parte da boa literatura. Ou não: talvez qualquer um possa escrever um livro e colocar na internet. São questões ainda sem resposta.
De qualquer jeito, o modelo tradicional não vai desaparecer da noite para o dia – as vendas de livros eletrônicos não passam de 2″ o do mercado livreiro, e isso nos países em que o e-reader já é realidade. Mesmo assim, editoras e lojas estão se mexendo, seja digitalizando o catálogo, seja criando negócios no mundo virtual. Elas têm, no entanto, uma dor de cabeça maior pela frente. No empenho para consolidar seu leitor eletrônico, a Amazon cravou um preço para a venda da maioria de seus livros.- USS 9.99 – enquanto um título em capa dura custa em média entre US$ 25 e USS 35. Só que a própria Amazon paga entre USS 12 e USS 13 pra comprar obras das editoras. Ou seja, tem prejuízo. É uma aposta para o futuro: o preço baixo ajuda a atrair clientes a rodo. isso pode pressionar as editoras a baixar os preços para competir, sacrificando os lucros. E talvez as levando à falência. Só a Amazon se daria bem. porque teria a clientela formada e conseguiria colocar o negócio no azul.
Até as bibliotecas terão de aprender a viver nessa nova ordem. No exterior, os bibliotecários estão se especializando em pesquisas online. Querem ser profissionais preparados para ajudar estudantes e interessados a filtrar informações encontradas em sites. “Tem muito lixo na internet. As pessoas assumem como verdade qualquer informação achada na Wikipedia”, diz Nêmora Rodrigues, presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia. “O bibliotecário precisará indicar o caminho para as fontes mais relevantes e fidedignas.”
Pois é, o livro eletrônico chegou botando banca. Mas o fato é que ele ainda não chegou de verdade. Há muito a ser aprimorado até que os aparelhos e bibliotecas online caiam nos braços do povo. “O livro impresso terá seu espaço até aparecer um leitor eletrônico que seja acessível, agradável de usar e tenha um formato atraente. A questão é quando vai surgir”. diz Henrique Farinha. De qualquer forma, o ringue está pronto. E o livro impresso, com suas capas coloridas, o cheiro de tinta e uma experiência de tato ainda inigualável, terá de barrar o ímpeto de seu oponente – mais jovem e cheio de novidades. Antes que o novato vire um produto a que nem o leitor mais conservador consiga resistir.

CADA UM DEIXARÁ SUAS ANOTAÇÕES NAS PÁGINAS DIGITAIS, E TODOS PODERÃO LER.
Os Rivais
Conheça os grandes concorrentes do livro impresso – eles poderão engolir a sua biblioteca em breve:
KINDLE/AMAZON
PREÇO: Duas versões. Uma por US$ 299 e outra, maior, por U5$ 489.
PONTOS FORTES: Nos EUA, dá para comprar mais de 275 mil livros em qualquer hora e lugar, pelo próprio e-reader.
PONTOS FRACOS: A Amazon tem controle sobre sua coleção. Pode deletar qualquer Livro, como fez em julho com 1984, por uma questão de direitos autorais- E não está disponível no Brasil
READER DIGITAL BOOK/SONY
PREÇO: Duas versões. Uma por US$ 279 e outra, pocket, por US$ 199.
PONTOS FORTES: Acesso gratuito a mais de 1 milhão de Livros do acervo do Google. E é mais barato do que o Kindle. 
PONTOS FRACOS: O download para o e-reader não é automático. É preciso conectar o aparelho ao computador para baixar os livros. Não está disponível no Brasil.

BR-100-NTX/ BRAVIEW
PREÇO: O equivalente a US$ 200.
PONTOS FORTES: É coisa nossa! Previsto para ser lançado por aqui em outubro, deve ser o único no país por um tempo.
PONTOS FRACOS: Será mais simples que seus amigos estrangeiros, sem wi-fi ou tela sensível ao toque. Ainda não divulgou quais e quantas serão as obras disponíveis para Leitura no e-reader.


Revista Superinteressante - Setembro de 2009